Bom dia. Após uns dias de incerteza, o Verão apareceu, e em grande. Os dias estão de facto mais quentes, e as novidades por aqui também...
O Clubman do Celso. Apesar de trabalhar, esta máquina precisa de um "upgrade" para ficar perfeito, e entre outras coisas, é isso que vos mostro hoje...
...e o primeiro sinal estranho. O colector de admissão cheio de ferrugem por dentro. O grave é que não se trata daquela ferrugem superficial que só por si já é tramada, mas sim daquele tipo de ferrugem que indica que o motor encheu de água várias vezes. Apesar de tudo trabalha, e talvez até nem tenha sido recentemente. Quem sabe? Para já...
...mas depressa concluímos que é preciso mais do que aparentava. A embraiagem, que até trabalhava, está mais do que gasta, com a agravante do prato de encosto já ter um rebaixo digno de registo, devido ao rebites do disco. Mas havia mais...
...e por ser uma embraiagem tipo VERTO, usam-se os parafusos em milimetros do Metro (esq.) em vez dos de polegadas do Mini (dir.), e já com o saca montado...
...a cambota ficou marcada de forma quase irremediável. Basicamente está perdida, pois quase de certeza que na primeira vez que fizer um excesso de RPM, vai partir, ou alargar o volante. Com ainda não está limpa, ainda não posso dizer com certeza, mas é quase certo que vai para o lixo...
Entretanto...
...precisa de substituição para voltar a ser eficaz. Este tipo de folga são muitos graus de avanço ou atraso na árvore de cames (veio de excêntricos), e não é só em competição que isso se torna importante. Um motor assim tem um trabalhar mais desengonçado, e de certeza que nunca trabalha tão bem como devia...
Na caixa A+ as coisas também não estavam famosas. No fim de tirar toda a sujidade que durante anos se agarrou tipo cimento, a má noticia apareceu...
...sobre a forma de calamidade. O cárter estava furado devido á corrosão do alumínio. Anos parado num sitio com humidade tornaram este cárter num bocado de sucata...
Ainda assim, no meio de tanto desapontamento, há sempre um segundo para me lembrar que vivo numa aldeia do campo. A belíssima Sachs GTY do Miguel fez-me por momentos ter a certeza que a história ainda não acabou. As motorizadas nacionais não foram um meio de transporte diário, porque na verdade, ainda o são, para mais em tempos de crise...
Continua "festa" de roda do motor do Clubman e das 52 toneladas de sujidade que trazia agarradas. Tenho quase a certeza que no meio de todas aquelas camadas de terra, haveria alguma ainda de origem, ou seja, que nunca tinha sido tirada na vida...
...e um par de Mini Light clássicas também aumentaram a colecção, que ultrapassa agora as 300 jantes...
É verdade. O Verão põe-nos de cabeça quente, mas também se não for assim, não vale a pena!
Abraço.
RT